A diversidade como catalisadora de mudanças efetivas no mundo

Em evento paralelo do PHAM 2021, a diversidade assume o papel de protagonista no questionamento sobre nosso mundo e na reflexão acerca dos problemas sociais  

Por Lucas Giampietro Terra Saraiva 

Uma conversa informal, quase uma roda de amigos, deu o tom do evento paralelo “Esperança pela diversidade: curando a nós mesmos e ao planeta Terra por meio da amizade com a saúde planetária”. O encontro ocorreu em 27 de abril, das 15h às 16h30 BRT, no Planetary Health Annual Meeting and Festival (PHAM) 2021. Os participantes abriam espaço para quem estava na sessão, de forma que organizadores e espectadores se misturavam. Nathan Uchtmann (University of California) atuou como protagonista do encontro. Além dele, estiveram presentes: Nightingale Wakigera (University of Glasgow); Raquel Santiago e Camila Loiola de Castro (Universidade Federal de Goiás); Vedaste Niyonsaba (Wageningen University and Research), e Laura Hanson (Regional Disaster Preparedness Organization de Portland).

O painel iniciou com uma retrospectiva sobre como os participantes se conheceram na última edição do PHAM, em 2019, e de como compartilharam suas ideias, experiências e interesses. Na sequência, houve uma reflexão sobre o que é saúde planetária e quais são os diferentes modos de compreendê-la. Duas visões destacaram-se nesse sentido. Uma mais acadêmica, científica, focada nas necessidades de curto prazo dos seres humanos. A outra é mais abrangente e considera as raízes culturais, ou seja, está ligada à “essência” das pessoas – aproximando-se da sabedoria indígena e dos conhecimentos ecológicos tradicionais. Esse último ponto surgiu do anseio em construir um contato mais verdadeiro e sincero entre as pessoas.

Assim, como o próprio título traz, o foco do evento estava na diversidade – característica que engloba modos diferentes de enxergar a vida, a sociedade, e soluções para problemas coletivos. Os participantes apresentaram suas pesquisas e projetos, trocando experiências entre si. Outro ponto importante da sessão foi a falta de conexão do homem com a natureza. Esse distanciamento, muitas vezes, causa inúmeros problemas (emocionais, físicos e mentais). A pandemia de COVID-19 deixou claro que não são os objetos e o status que trazem felicidade, mas sim a conexão com outras pessoas e com a natureza. São delas que sentimos saudade durante o isolamento social.

Dessa maneira, o evento foi conduzido para a ideia de que a transformação a partir da saúde planetária não se dá apenas por vias externas, isso é, por novas tecnologias e modos de vida. Ocorre, também, por meios internos, pela forma que as pessoas enxergam suas vidas, como convivem com os outros e se relacionam com o mundo. Por fim, o evento deixou a mensagem de que a transformação e as mudanças necessárias podem não ser tão simples ou fáceis, mas são possíveis. O tempo para a passividade ficou para trás. Agora é hora de agirmos juntos, rumo a um futuro melhor e mais harmonioso.

 

Evento paralelo – “Esperança pela diversidade: curando a nós mesmos
e ao planeta Terra por meio da amizade com a saúde planetária”

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Edição: Gustavo Longo; Thaís Presa Martins

Imagens: Lucas Giampietro Terra Saraiva