Este evento híbrido, promovido em parceria pelos Grupos de Trabalho Interdisciplinares de Mudanças Climáticas e Saúde e de Comunicação, do Saúde Planetária Brasil (SPBr), debateu como a aceleração das alterações climáticas impacta a saúde humana e demanda soluções comunitárias para uma saúde planetária. Foi realizado em 4 de abril de 2024 presencialmente na sala Alfredo Bosi, no IEA-USP, e teve transmissão no canal do Saúde Planetária no Youtube. Assista a íntegra aqui
Foi debatido, por exemplo, como ondas de calor, os eventos extremos (chuvas torrenciais e secas, por exemplo), o aumento do nível do mar e a poluição do ar impactam, por exemplo, na proliferação de vetores de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika vírus, mas também como reverberam na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas. Além disso, como estas mudanças e impactos aumentam o risco de insegurança alimentar e de novas pandemias acirradas por aumento de pobreza e desigualdade social.
Os palestrantes também debateram sobre a importância da criação de novas políticas, que sejam efetivas e capazes de abarcar os componentes da justiça ambiental e climática no enfrentamento desses agravos à saúde, uma vez que as populações mais vulneráveis economicamente são as mais impactadas. Também trataram da importância da ciência cidadã como forma de engajamento da sociedade na busca por soluções comunitárias e de resiliência aos setores mais desfavorecidos.
A partir de exemplos concretos, que evidenciam os impactos que já estão ocorrendo no Estado de São Paulo, na Amazônia e no Nordeste brasileiro – regiões que, de acordo com o IPCC, serão algumas das mais afetadas diretamente pela crise climática – estabeleceu-se o diálogo sobre de que forma as populações e governos locais e fronteiriços estão se preparando para se adaptarem a essas mudanças, mitigar seus efeitos sociais e ambientais. E, para isso, debateu-se sobre quais as melhores soluções baseadas em Natureza e suportadas por evidências científicas para direcionar soluções a esses problemas, sejam de mitigação, de adaptação e/ou de transformação social. Em suma, o foco do debate foi na apresentação dos principais problemas e na proposição de soluções possíveis e viáveis para regenerar a Saúde Planetária.
Abertura: Guilherme Ary Plonski (diretor do IEA-USP) e António Mauro Saraiva (Prof. Titular da Escola Politécnica e coordenador do Saúde Planetária Brasil). Mesa de debates: Tatiane Moraes Sousa (Fiocruz) e Lincoln Suesdek (Instituto Butantan e coordenador do GTI de Mudanças Climáticas e Saúde do SPBr) Apresentação de casos: Elis Dionísio (Universidade Federal do Amazonas); Márcia Roner (Universidade Federal do Sul da Bahia); e Gerson L. Barbosa (Instituto Pasteur, SP), com moderação de Donovan Humphrey Franco (IB-USP). Debate Geral, Q&A - Possíveis Soluções: com moderação de Daniela Vianna (coordenadora do GTI de Comunicação do SPBr e pós-doutoranda do IEA-USP)