Clube brasileiro de saúde planetária apresenta seu processo de estruturação e panorama futuro

Membros do Clube Brasileiro de Saúde Planetária (CBSP) compartilham sugestões e dicas para constituir (novos) clubes de Saúde Planetária

Por Lucas Giampietro Terra Saraiva 

No quarto dia do Planetary Health Annual Meeting and Festival (PHAM) 2021, 29 de abril, das 9h30 às 10h05 BRT, ocorreu o evento paralelo “Clube Brasileiro de Saúde Planetária: reflexões e dicas para a construção de um clube de saúde planetária”. Ele foi apresentado em formato de vídeo gravado previamente, e organizado por membros do Clube Brasileiro de Saúde Planetária (CBSP). Lucas Giampietro Terra Saraiva (Graduando em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP) introduziu os participantes do evento, Embaixadores de Saúde Planetária pela Planetary Health Alliance em 2021 e integrantes da Comissão de Articulação Global do CBSP.

Evento paralelo – “Clube Brasileiro de Saúde Planetária:
reflexões e dicas para a construção de um clube de saúde planetária”

Os primeiros tópicos abordados foram o conceito de Saúde Planetária e como propagar o mesmo com o auxílio de estudantes, de dois modos: por Embaixadores de Saúde Planetária e pelos Clubes de Saúde Planetária. Alex da Silva Sousa (Doutorando em Geografia Física pela Universidade de São Paulo), apresentador da pauta, relatou que, em 2021, há 58 Embaixadores de Saúde Planetária pela Planetary Health Alliance, distribuídos em 25 países de cinco continentes. Em relação a clubes de Saúde Planetária, existem 21 ao redor do mundo, localizados em quatro continentes. Esses são de extrema importância, pois favorecem o desenvolvimento da área e a sua difusão, e possibilitam a união de pessoas interessadas pelo tema.

Lucas Saraiva apontou características sobre a diversidade do CBSP: membros de todas as regiões brasileiras; divisão igualitária de gênero; representatividade étnica de brancos, pardos e negros, e níveis de escolaridade de Graduação, Pós-Graduação e Pós-Doutorado. Além disso, explanou sobre como o clube se divide para realizar as atividades que se propõe a fazer. Existem dois tipos de grupos no CBSP: as Comissões, que asseguram a organização interna, e os Grupos de Trabalho (GTs), cujo foco é desenvolver e realizar atividades e projetos. Em seguida, houve a apresentação de membros de clubes internacionais (um de Berlin, um de Londres, e um de Vancouver), a respeito do funcionamento de seus clubes.

No terceiro tópico, Lucas explicou sobre a criação de documentos base para a existência do CBSP, que permitem certa preparação para situações futuras e instrua os membros sobre como agir quando elas acontecerem. O “Manifesto” visa responder algumas perguntas centrais para a existência do Clube. Por que o clube existe? Quais são seus princípios norteadores? Qual é a missão do mesmo? Quais atividades o clube irá desempenhar? Quais valores unem os membros? O “Regulamento Interno” objetiva definir como as coisas irão funcionar e quais regras serão criadas. Esses documentos, apesar de não serem “obrigatórios”, auxiliam no funcionamento adequado de um clube, visto que possibilitam um planejamento estratégico organizacional para lidar com uma vasta gama de situações futuras.

Beatriz Sinelli Laham (Doutoranda em Ensino de Mudanças Climáticas pela Universidade de São Paulo) reforçou a importância de trabalhar em conjunto. Para ela, a ideia de “pensar globalmente e agir localmente”, na prática, opera como “pensar globalmente e agir globalmente”. Assim, os Clubes Estudantis de Saúde Planetária devem se unir para que juntos possam agir de maneira mais incisiva e eficiente, combatendo os problemas como uma legião. Beatriz ressaltou que o CBSP tem tomado a iniciativa de promover tais alianças através de três vertentes: participando do Latin America Hub; aproximando-se do Planetary Health Network, e incentivando e colaborando com a formação de clubes ao redor do mundo.

Evento paralelo – “Clube Brasileiro de Saúde Planetária:
reflexões e dicas para a construção de um clube de saúde planetária”

No último tópico, Walkyria Biondi (Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão) pontuou vantagens da união do CBSP a outros grupos. O primeiro ponto citado foi a expansão da rede de contatos, não só em termos de socialização entre os membros, mas também de criação de um ambiente propício a um debate mais efetivo. O segundo foi que se pode ter acesso a uma quantidade maior de informações e de oportunidades. O terceiro foi que desse espaço aberto para o diálogo, abre-se uma nova oportunidade para compartilhar ideias e experiências – o que pode levar a novos estudos, projetos e ações. Por fim, o resultado da união entre clubes é a disseminação de conhecimentos, promovendo não só o desenvolvimento dos membros dos clubes, mas também de suas ideias.

Por fim, Lucas concluiu a apresentação convidando os espectadores a enviar dúvidas, a se unirem para possíveis colaborações com o CBSP, e a acompanhar as atividades do Clube em suas suas redes sociais, acessando: https://linktr.ee/clubesaudeplanetaria

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Edição: Thaís Presa Martins