Como construir um futuro melhor para seus filhos e para o planeta? O potencial de mães e de pais como colaboradores da ciência na transição para um mundo mais sustentável
Por Joana Carolina Zuqui
A jornalista e apresentadora de TV Renata Simões trouxe pais e ativistas do meio ambiente para o evento paralelo “Construindo pontes entre a ciência e a sociedade: como a paternidade e o ativismo familiar podem contribuir para o avanço da agenda climática?”, realizado em 30 de abril, na programação do Planetary Health Annual Meeting and Festival (PHAM) 2021. Participaram do evento: Clara Ramos (jornalista, produtora audiovisual e cofundadora da organização Famílias pelo Clima (ramo brasileiro do grupo internacional Parents For Future)); Amuche Nnsbueze (professora da Universidade da Nigéria e ativista da Parents For Future); Jill Kubit (empreendedora social e cofundadora do Our Kids Climate e Dear Tomorrow); José Gerardo Velasco (médico, conselheiro do Comitê Interinstitucional das Mudanças Climáticas e Saúde e ativista da Padres por el Futuro Monterrey), e Rowan Ryrie (advogada ambiental e de direitos humanos e fundadora da Parents For Future Oxford, Parents For Future UK e Global Parents For Future).
Evento paralelo – “Construindo pontes entre a ciência e a sociedade: como a paternidade e o ativismo familiar podem contribuir para o avanço da agenda climática?”
Um dos primeiros questionamentos que Renata Simões trouxe para os participantes foi sobre o que eles consideravam qualificações necessárias para assumir, junto ao papel de pai ou de mãe, a tarefa de ativista ambiental. O consenso foi de que se preocupar com o futuro de seus filhos e querer o melhor para eles, é mais do que suficiente para se preocupar com o futuro do planeta. Em seguida, os participantes dividiram suas experiências como ativistas em suas vidas pessoais e em suas comunidades, bem como as demandas, conquistas e inquietações desse processo. Amuche Nnsbueze comentou como ela sente que pais são apenas uma alma: mesmo vivendo em lugares diferentes, em culturas diferentes, e lidando com problemas diferentes, todos têm os mesmos sentimentos e as mesmas preocupações com seus filhos.
Rowan Ryrie acrescentou que, embora o aquecimento global seja um problema que afeta todo o planeta, alguns são mais afetados que outros e que, por isso, cabe àqueles mais privilegiados a tarefa de fazer com que as vozes dos que têm menos condições sejam escutadas. Ela afirmou, ainda, que os pais são o público-alvo de muitas empresas e que, por isso, mães e pais têm o potencial de mudar o pensamento de consumismo desenfreado atual e de exigir alternativas mais sustentáveis.
Ainda a respeito da importância da participação de mães e de pais no ativismo ambiental, Jill Kubit mostrou como estes podem conectar seus valores familiares ao movimento. Kubit afirmou que os pais, devido ao envolvimento em suas comunidades – com parentes, com escolas, com vizinhos, e com seus locais de trabalho e de lazer -, são excelentes comunicadores, capazes de levar a mensagem do ativismo pelo clima para diversos lugares, obtendo engajamento em suas ações. José Gerardo Velasco complementou, pontuando como a ciência e a sociedade se conectam na luta para evitar a desinformação, e que pais e mães são os guias ideais para disseminar conhecimentos.
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Edição: Carla Tôzo; Thaís Presa Martins
Imagem: Joana Carolina Zuqui