Pesquisadores e profissionais de diferentes campos apresentam as suas contribuições para a saúde planetária

A terceira sessão de pôsteres do PHAM 2021 contou com 32 trabalhos que discutiram temas como educação, bioética, produção alimentar, conflitos de terra, saúde mental, e doenças infecciosas e crônicas

Por Joana Carolina Zuqui

Na manhã de quinta-feira, 29 de abril, das 9:40 às 10:40 BRT, a terceira sessão de pôsteres do Planetary Health Annual Meeting and Festival (PHAM) 2021 reuniu pesquisadores e profissionais de diversas nacionalidades para apresentar e discutir seus trabalhos sobre saúde planetária com o público. Dos 32 pôsteres da sessão, dez deles abordaram a educação para a saúde planetária.

Um dos destaques dos pôsteres sobre educação foi a apresentação do médico pediatra estadunidense Nathan Uchtmann sobre como a saúde infantil está diretamente ligada à saúde do planeta. Intitulado “CHIP: Child Health Is Planetary Health” (em português, “CHIP: Saúde infantil é saúde planetária”), o trabalho de Uchtmann busca conectar profissionais e ativistas da saúde e da educação, bem como membros da comunidade, interessados em aprender sobre saúde planetária e promovê-la para professores infantis, pais de alunos e os próprios estudantes. O objetivo do CHIP é “curar relacionamentos quebrados, de pessoas com pessoas e com a natureza, garantindo que as crianças tenham o acesso equitativo a sistemas de apoio e a um planeta saudável”.

Nathan Uchtmann e a participação de crianças no vídeo de apresentação do seu pôster

Ressalta-se, também, a pesquisa acadêmica da Embaixadora Brasileira de Saúde Planetária (GSP-IEA-USP), Bárbara Braga Cavalcante, sobre as ferramentas biotecnológicas que podem ser utilizadas em prol da sustentabilidade. No pôster “Planetary Health and Bioethics: tools for the sustainability of the planet” (em português, “Saúde Planetária e Bioética: ferramentas para a sustentabilidade do planeta”), Bárbara mostra como as inovações biomédicas desenvolvidas nas últimas décadas – tais como a nanotecnologia e o uso de biomateriais – não foram avaliadas em termos de impacto ambiental. Sendo assim, Cavalcante analisou como a relação entre a bioética e a saúde planetária tem o potencial de promover a sensibilização de profissionais do ramo acerca do modo como essas novas tecnologias afetam o ambiente e a qualidade de vida; possivelmente, comprometendo a sobrevivência das futuras gerações. Os resultados da pesquisa revelam que a situação de crise ambiental vigente implica na imposição de responsabilidades éticas e morais aos desenvolvedores de novas tecnologias. “Hoje, não se trata mais apenas de proteger a natureza das ações humanas, mas de proteger os seres humanos de um ambiente que se tornou potencialmente perigoso”, ressalta Bárbara.

Bárbara Braga Cavalcante no vídeo de apresentação sobre sua pesquisa
Planetary Health and Bioethics: tools for the sustainability of the planet”

Para mais informações sobre o #PHAM2021 e para conferir outros trabalhos apresentados, acesse: https://www.planetaryhealthannualmeeting.com/schedule  

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Edição: Carla Tôzo; Thaís Presa Martins

Imagens: Joana Carolina Zuqui